Tristes as noites em que o sono se ausentaultrapassando os limites da imaginação àsrecordações intemporais que entrampela madrugada O corpo impaciente jaz dorido no branco
dos lençóis revoltos atravessados nos vincos
da pele castigada.
Descentrada no tempo desfio o rosário
dos pensamentos, devo-to-me à penitência...
O exílio impõem-se sobre as sombras em fuga.
O inconsciente voa num regresso acordado nas
luzes que enfeitam o vestir da madrugada.
Célia M Cavaco / Desvios