sábado, 5 de dezembro de 2015







No barulho do vento
sopram ecos nas frestas
das janelas fechadas.
soltam-se segredos
contados nas folhas caídas
do silêncio.
No barulho do vento
as gaivotas procuram
o canto fora das marés
esperando a bonança das
águas frias em mar de espuma.
No barulho do vento
a porta fecha-se à tempestade
procurando abrigo no aconchego
do livro aberto à serenidade da
leitura.
No barulho do vento
chegam os passos longínquos
da tua chegada fecho o livro
abro a porta a tranquilidade
fora de horas entra com o pouso
da noite que se fez anunciada.








Célia M Cavaco / Desvios