Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Houve dias em que me esqueci da existência do mundo. Perdi a noção,ignorando a imagem da minha idade.Num vácuo,num encontro sem resistência, procuro-me nos reflexos estranhos de um sol perdido em estranhas nuvens. O meu lugar reparte-se por duas estranhas etapas. A infância,e a adolescência. A adulta encontra-se em constante transformação,procurando a equidade numa forma justa de ser.O mais prolongado sossego,é um silêncio que ajusto aos momentos continuados.É urgente esta minha busca incessante de palavras.Sou uma intrusa de mim mesma.Tento conhecer-me nos reflexos de uma paisagem de meia luz.Sou sombra,sou gestos,sou cúmplice de outra forma de vida.A marginalidade clandestina...
Célia M Cavaco / Desvios