Abrir um blog de poesia, nada de especial. Mas um blog onde se pode escrever palavras, momentos a partilhar, é um atrevimento, que poderá ser uma ousadia. A minha, onde por instantes viro uma suposta página do meu livro.
domingo, 13 de dezembro de 2015
Escrevo versos íntimos,neles evoco a antologia do esquecimento divagando a saudade que me sustenta.O corpo reage tal como o canto do cisne num só verso.Um cântico de alma deixada ali ao acaso são palavras que encontro perto do peito,são sentires meus, rascunhos de momentos na penumbra das noites que adentram às madrugas.Um mundo habita no meu olhar.Ainda que perdida na procura de estrelas cadentes a pedir um desejo,reencontro no nascer da lua o sossego desejado.Embalo-me no ocaso esperando que a noite não questione os sonhos permitidos. Os desejos são expostos às palavras que ganham vida com ou sem sentido.Uma errância que prolonga a imaginação do que supostamente sou em versos e prosa.A minha alma é instabilidade,o espírito faz as viagens ao interior de mim. Emocionalmente a vida inunda as minhas margens; Hoje,adormeci de olhos fechados à entrada da madrugada...
Célia M Cavaco / Desvios
Photo: Nursen Bilgin