Visto-me de trapos,que são mortalhas no meu corpo, as pétalas o perfume que se desprende da pele.À ausência prendi a paciência,à compaixãoextenuei as lágrimas do amor exorcizado.Instalei-te na mais pura imaginação,exalei o prazer
da carência,demoradamente transformo o gesto no
gemido perpétuo...
No mínimo, insisto em escrever-te palavras pensantes
desfrutando o silêncio do que somos...
Célia M Cavaco / Desvios
Foto: Rosita Delfino