quarta-feira, 14 de outubro de 2015




No vento vêm as palavras,que se perderam.No vento voam as que não se gostam de ouvir. Sempre foi assim,palavras levas-as o vento...
Sempre as palavras,as ditas no momento menos próprio e que magoam uma eternidade. Outras,que guardamos eternamente num cantinho só nosso,o do coração.A palavra Amor,tão terna,tão duradoura quanto o tempo de vida que a fazemos guardar na nossa memória. Há palavras eternas quanto o tempo,o mesmo tempo que não é eterno,faz as palavras eternizarem-se pela escrita. Um bilhete do primeiro namorado,quantas vezes se lê e relê aquele amor primeiro...Uma carta que se recebe de alguém que amamos e que está longe.Uma carta a anunciar uma despedida,uma ausência... Hoje,as palavras entraram em mim,magoaram-me com a confusão com que se anunciaram.Palavras tristes,palavras magoadas...




Célia M Cavaco / Desvios