segunda-feira, 19 de outubro de 2015




No canto do vento,sopram todos os segredos.O prolongado desassossego,sussurra nomes ocultos em rimas de poesia.Esquivo-me à voz,que de fundo tráz a tristeza. O vento, em lamento amotina o voo das aves peregrinas das tempestades da noite.Como gaivotas em pouso,longe da tempestades,descanso o corpo sem gestos.Ouço o canto do vento,como naufrágios de solidões.Recolho as vestes rasgadas às lágrimas de chuva que acompanham o vento. Seco as emoções, no bater de asas com que liberto o vento, hasteado nas palavras soltas dos versos que me deste..






Célia M Cavaco / Desvios