quinta-feira, 17 de setembro de 2015




Sem pressa,naquele lugar abandonado,descubro a ausência das giestas. As borboletas perdidas no voo simulado, dançam silêncios.As mãos retomam o rasgo da noite,penetram no âmago perverso dos sentidos.O corpo disfarça a nudez na extensão das sombras. As palavras soltam-se na respiração.Emudecemos com a entrada da claridade. Os vidros mostram o orvalho da madrugada.Disfarço a lentidão,procuro ver-te no brilho sugestivo.Apesar de tudo,o amor acontece!...






Célia M Cavaco / Desvios





Imagem: Vadim Stein