sexta-feira, 18 de setembro de 2015




O sorriso, o encanto naquele rosto,consoante o folhear das páginas do livro que lia ávidamente.As peripécias eram constantes,encontros,desencontros, eram uma errância. As palavras saiam-lhe em atropelo,mais do que os olhos conseguiam ler. Tomara um vício,ler em voz alta; As personagens ganhavam vida.Gostava de ser encenadora,uma vez ou outra queria mudar o rumo das histórias.Quantas vezes não adormecia,com o livro entrelaçado nos braços, um carinho absoluto,uma paixão nunca adormecida.Os livros eram uma parte importante na sua vida. Por eles viajava no mundo irreal,ou enfrentava medos contados na primeira pessoa. Recorda os livros que marcaram noites. "Por Amor da Índia" de Catherine Clement,e" Deus Veio ao Afeganistão e chorou" de Siba Shakib entre outros... Mas estes,levaram-na a seguir outros mundos, onde as guerras quase sempre davam à literatura, emoções contadas e escritas em livros para a posteridade. Era como olhar para trás, e reconstruir acontecimentos.Quase sempre lhe tremiam os lábios e os olhos brilhavam enfeitiçados. O que um livro pode e tem a capacidade de fazer...emoldurar sonhos e misturar realidade (s), numa única folha,outra,e depois muitas outras seguem o desencadear de muitas histórias. Um livro,muitos livros moldaram a sua personalidade...






Célia M Cavaco / Desvios