terça-feira, 7 de julho de 2015




A dor sem ti é tanta
como a falta do beijo
que nunca te dei
na face como despedida.
Beijo terno de bom dia,ou de boas noites
O beijo de embalar o peito,a mão que
toca o rosto acariciando o beijo dado.
O teu beijo,o meu beijo
esses afectos de desafectos
de tanto choro,virou prantos
de passado contados de
vida dura de obediência
que de afectos não conta a história
que dizem não haver memória.
O trabalho era o sustento
tempo para afectos eram contidos
se os havia,eram escondidos no aperto
do peito de quem sabia esconder
a dor que no coração se fazia.


por cada filho que nascia



Célia M Cavaco / Desvios


Arte: Kathe Kollwitz