Doía-lhe o corpo,as horas de parto foram o desgaste com que a consciência se revoltou nas entranhas do medo.Sabia que tinha de sobreviver,o mundo era por si só uma descoberta a que tinha de se aventurar .Quando se aproxima a data do aniversário refugia-se num silêncio absurdo.Como é possível sentir todo o sofrimento do seu nascimento?Mas,é precisamente isso que acontece; começa de véspera a ter contracções.O medo é irracional,chora sempre .É como uma premonição,soube de antemão que o seu futuro iria ser brilhante,mas com nuances que teria sempre de vencer.Quando lhe escolheram o nome,saberiam que o seu significado seria" Haven"? Acredita que não, naquele tempo era mais ervas, e mézinhas, nunca a espiritualidade.Contudo,assim que nasceu deve ter dado o seu primeiro choro de revolta.Ainda hoje, é raro chorar,mas quando chora, é sempre por acreditar que o ser humano é perfeito, que nunca magoa o seu semelhante,está escrito na bíblia,não que tenha lido esse livro ,onde se fala sobre o inferno e o céu,os bons e os maus.Uma coisa sabe,nunca bateu três vezes no peito assumindo uma culpa do que não fez.Nem acredita que depois,se vai para um lugar de castigo.
Só porque infringiu regras que lhe eram impostas. Nunca,gostou de ser exemplar para os outros verem.Mas,vive um código de honra,respeita para se saber respeitada.Afinal,foi assim que tudo começou.Era uma vez,uma menina tímida e inteligente que só tinha medo das pessoas más,porque ela era ingénua e acreditava que só havia gente boa,incapaz de magoar os outros... o medo,era uma das tais nuances que teria de vencer,o futuro, continuava a dar-lhe um caminho onde seguiria em linha recta...
Só porque infringiu regras que lhe eram impostas. Nunca,gostou de ser exemplar para os outros verem.Mas,vive um código de honra,respeita para se saber respeitada.Afinal,foi assim que tudo começou.Era uma vez,uma menina tímida e inteligente que só tinha medo das pessoas más,porque ela era ingénua e acreditava que só havia gente boa,incapaz de magoar os outros... o medo,era uma das tais nuances que teria de vencer,o futuro, continuava a dar-lhe um caminho onde seguiria em linha recta...
Célia M Cavaco / Desvios
Imagem: Gabriel Isak
