sexta-feira, 8 de abril de 2022


 


Eu não sei, onde vais tu procurar as estrelas, já falamos muito na escuridão onde dois eram apenas um, tendo como fundo a transpiração e a respiração até ser dia como segredo. Apenas o abstrato como companhia, além da jovialidade e companheirismo que escreveu esse poema tão nosso cheio de palavras não ditas, somente valia respirar, e o decorrer das horas tentavam ver a chegada da madrugada.
Eu não sei, onde vais tu, e, porque caminhos continuas incessantemente procurar o invisível ? (...) porque desvios a dor se perdeu ou a razão encontrou o coração. Eu não sei, talvez o vento traga como resposta o que encontrou na alma o desassossego dum desapego irreal, como irreal é a dor que não se vê.




Célia M Cavaco, In DESVIOS