terça-feira, 11 de julho de 2017





Sou outono,
de folhas ao vento ,sou outono
nas mãos que me acolhem entre
as margens onde descanso o corpo
ninho e me refaço de cansaços.

Sou Outono
de lágrimas fáceis às nuvens passageiras,
deito-me na cama de cheiros de alfazema  onde
te amo a todas as horas numa imaginação de não

querer ser outra que não a poeta que se reinventa
nos sonhos parafraseados.



No horizonte sou as cores que pinto à chegada do
outono que sou.

Essa incessante procura  no voo das aves que
vestem  o céu no entardecer despido de folhas
com que visto a estação anunciada
Sou Outono...









Célia M Cavaco,in Desvios